

A secretária de Saúde de Rondonópolis, Tânia Balbinotti, utilizou suas redes sociais para trazer à tona uma preocupante realidade: a situação crítica das filas de espera por exames na rede municipal de saúde. Em um desabafo contundente, Tânia classificou o cenário como “bem grave” e revelou dados alarmantes levantados pela central de regulação do município.
De acordo com a secretária, a crise se agravou devido à interrupção da realização de alguns exames desde 2021. Entre os casos mais urgentes está o estudo urodinâmico, exame utilizado para avaliar o funcionamento da bexiga e da uretra, que não é realizado na cidade há quase quatro anos, deixando 736 pacientes aguardando na fila. “Por isso que as pessoas estão desesperadas”, afirmou Tânia.
Outro dado preocupante é a fila de audiometria, essencial para a avaliação auditiva, com 653 pessoas aguardando desde junho de 2023. Situação semelhante ocorre com a litotripsia, procedimento que fragmenta cálculos renais, que não é realizado em Rondonópolis desde abril de 2024, acumulando 172 pacientes na espera.
A situação torna-se ainda mais crítica nos exames cardiovasculares. O ecocardiograma, exame indispensável para monitorar a saúde do coração, registra uma fila de 1,2 mil pessoas, com demandas não atendidas desde a metade de 2024. Já o teste ergométrico, outro exame importante para avaliar o funcionamento do sistema cardiovascular, soma 358 pacientes aguardando, sem previsões para regularização.
A secretária destacou que as filas refletem o impacto da falta de estrutura e planejamento contínuo na saúde pública. “Os números falam por si, e a situação precisa de atenção urgente para garantir que os cidadãos de Rondonópolis tenham acesso à saúde de qualidade”, concluiu.ViralizouMT