A Operação Falso Profeta, conduzida pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), identificou a constituição de empresas por uma facção criminosa para ocultar valores obtidos por meio de extorsões a comerciantes, que seriam enviados para o grupo no Rio de Janeiro. Entre os envolvidos, estão um funcionário de supermercado e uma mulher beneficiada pelo Governo Federal, suspeitos de serem “laranjas” da facção.

A operação, deflagrada na quinta-feira (20), teve como foco desarticular um esquema de extorsão e lavagem de dinheiro em Cuiabá e Várzea Grande, relacionado à distribuição de água mineral. As investigações apontaram que o pastor U.B.S., líder da facção, recebia grandes quantias de empresas fraudulentas, que depois eram repassadas para outros membros do grupo criminoso.

Foram identificadas transações financeiras irregulares, como um repasse de R$ 234 mil de uma drogaria para o pastor, e R$ 102.128,00 de uma distribuidora de bebidas. Além disso, as empresas investigadas possuem um capital social alto, mas estão em nome de pessoas de condições humildes, indicativo de que podem ser “laranjas” da facção.

A operação, iniciada em novembro de 2024, integra a estratégia da Polícia Civil no combate às facções criminosas e ao crime organizado no Estado, no âmbito do programa Tolerância Zero do Governo do Estado. O pastor U.B.S. está foragido no Rio de Janeiro.

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